Ao final do século XVI e início do século XVII, os portugueses saíram de Vila Velha e seguiram pelo Rio Jucu em canoas, em busca de ouro. Acredita-se que sua primeira passagem tenha sido por Araçatiba, instalando-se ali os primeiros colonizadores, seguindo depois pelo Rio Santo Agostinho até alcançar o local que hoje é a sede do município de Viana. Os indígenas que habitavam a região eram da tribo dos Puris.
Viana inaugurou o ciclo da imigração européia para o Espírito Santo oficialmente em fevereiro de 1813. Vieram imigrantes alemães e italianos. Para reduzir a escassez de mão-de-obra agrícola e ajudar a povoar as margens da primeira estrada que ligaria Vitória à Minas, foram chamados também os açorianos.
Os açorianos receberam terrenos, casas, ferramentas, carros de bois ou cavalgaduras. Eles se instalaram nas proximidades do Rio Jucu e seus afluentes - Formate e Santo Agostinho - e iniciaram o cultivo de trigo e arroz, melhorando também as culturas de milho e mandioca, já conhecidas pelos nativos.
Viana teve também um porto fluvial bastante movimentado, chamado Porto da Igreja, localizado ao Sul da cidade, às margens do Rio Santo Agostinho. Desembarcaram ali os materiais utilizados na construção da Igreja Matriz, os objetos religiosos e a imagem de Nossa Senhora da Conceição. O Porto da Igreja foi um grande empório comercial.
O capelão Frei Francisco Nascimento Teixeira foi encarregado de fundar ali um núcleo populacional, para tanto, recebeu algumas terras do governo. O novo núcleo recebeu o nome de Viana, em homenagem a Paulo Fernandes Viana, o pioneiro da região. Antes, a cidade era chamada de Jabaeté.
A contribuição cultural deixada pelos europeus pode ser sentida ainda hoje nos casarios antigos que resistem no tempo. Os jesuítas, índios e negros também ajudaram na construção da história do município, que foi criado oficialmente em 23 de julho de 1862, ao ser desmembrado de Vitória.
A CIDADE DE VIANA, um dos mais importantes cenários históricos e arquitetônicos do Espírito Santo, cediará, a partir deste sábado,30, às 11h, a exposição “Silentio”, do renomado artista brasileiro José Rufino. A exposição é resultado de uma residência artística proposta pelo projeto “[Re]invenção de uma cidade”, da curadora Neusa Mendes. O projeto foi um dos dez selecionados pelo Edital de Arte e Patrimônio 2009, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do Paço Imperial, com o patrocínio da Petrobras.
A RESIDÊNCIA
Durante dois momentos, novembro de 2009 e janeiro de 2010, o artista José Rufino – que já expôs em importantes espaços em cidades como Berlin, Paris, e Nova York – esteve em Viana, na região metropolitana de Vitória, onde conviveu com pessoas da comunidade local e observou de perto seus problemas e suas realidades. Nesse período, o artista visitou espaços históricos e pôde estabelecer uma relação de diálogo entre sua arte contemporânea, a sociedade local e o patrimônio cultural do município.
Durante dois momentos, novembro de 2009 e janeiro de 2010, o artista José Rufino – que já expôs em importantes espaços em cidades como Berlin, Paris, e Nova York – esteve em Viana, na região metropolitana de Vitória, onde conviveu com pessoas da comunidade local e observou de perto seus problemas e suas realidades. Nesse período, o artista visitou espaços históricos e pôde estabelecer uma relação de diálogo entre sua arte contemporânea, a sociedade local e o patrimônio cultural do município.
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